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Segunda edição do evento homenageia países africanos em seus 50 anos de independência de Portugal
Iniciativa do Instituto Daghobé visa promover confluência de olhares para as pautas prementes do Sul Global
De 20 de junho a 20 de julho de 2025. Este é o período de inscrições para participação na segunda edição da Terceira Feira: encontro de literaturas das margens do mundo, que acontece na cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, no grande sertão geraizeiro, de 10 a 14 de setembro próximo.
O evento é uma realização do Instituto de Desenvolvimento Humano Daghobé, Organização não-governamental sem fins lucrativos em atividade desde 2008, e tem como propósito oportunizar confluências de olhares sobre as margens do Sul Global, destacando suas pautas mais prementes.
A iniciativa conta com apoio institucional de grandes instituições públicas no país, como o Centro Internacional Celso Furtado, o Instituto Celso Furtado da Academia Paulista de Direito, o Instituto IDDEIA, a Academia Mineira de Letras, a Casa de Jornalista de Minas Gerais, a Academia de Letras do Vale do Jequitinhonha, a Prefeitura de Diamantina e a Fadenor (Fundação de Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas).
Conexões
Já na sua primeira edição em 2024, Terceira Feira logrou o êxito de conectar, presencial e digitalmente, corpos e vozes situados às margens do Brasil, da América Latina e da África em torno de questões como a defesa do estado democrático de direito, os direitos minoritários e o combate ao fascismo.
“Tal foi o impacto da primeira edição da Terceira Feira que conseguimos já em abril deste ano realizar a primeira extensão do evento em Portugal”, diz o professor Anelito de Oliveira, Diretor-presidente do Instituto Daghobé e Coordenador geral do evento, ressaltando a excelência das atividades realizadas no Continente europeu nas Universidades de Coimbra, do Porto, na Fundação José Saramago, na Livraria Travessa Lisboa e no Café A Brasileira.
Terceira Feira, que em Portugal ganhou o nome de Kambansa (travessia, na língua crioulo de Guiné-Bissau), alcançou uma façanha surpreendente: consolidar-se como território livre de exercício do pensamento crítico e impulsionamento do desenvolvimento humano nas margens do mundo.
Homenagens
Este ano, o evento homenageia os Palop (Países africanos de língua oficial portuguesa) em seus 50 anos de independência, colocando em relevo protagonistas do processo revolucionário, bem como questões diversas que dizem respeito especialmente à transcontinentalidade, à relação entre África e os demais continentes.
Entre os nomes africanos que estarão em revelo durante a Terceira Feira 2025 em Diamantina, destaca-se o da revolucionária angolana Deolinda Rodrigues, combatente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), nascida em 1939, aprisionada, torturada e fuzilada em 1967 por combatentes da FNLA (Força Nacional de Libertação de Angola) na aldeia de Kinkuzu, no Congo.
Terceira Feira 25, além de manter homenagem a personalidades estruturantes da perspectiva cogntiva do Evento-processo, como o conomista paraibano Celso Furtado e o pensador quilombola piauiense Nêgo Bispo, também homenageará outras referências dos povos das margens do mundo, do Sul Global.
Entre os novos homenageados estão o poeta cubano José Lezama Lima (1910-1976), a Engenheira e Professora Ernestina Alves Marques (1913-1981), a primeira mulher negra a se formar em Engenharia no país, o Professor e Crítico literário mineiro Antônio Sérgio Bueno (1946/2025) recentemente falecido, o Sociólogo piauiense Clóvis Moura (1925/2003), um dos maiores intelectuais negros do século 20, cujo centenário de nascimento se comemora neste 2025, e a poeta e editora Dalila Teles Veras, nascida na Ilha da Madeira e radicada no Brasil.
A programação definitiva da Terceira Feira 2025, que terá lugar no Teatro Santa Izabel e outros espaços em Diamantina, cidade patrimônio histórico e artístico da humanidade, será divulgada somente no dia 25 de julho próximo.
Coleção Infame Ruído 2025
Entre as atividades culturais da programação oficial daTerceira Feira está o lançamento da Coleção Infame Ruído 2025, que é o item estruturante do Projeto.
A Coleção traz agora um mapeamento ainda mais abrangente de vozes das margens do mundo, autoras e autores representativos de territórios objetivos e subjetivos, espaciais e culturais não hegemônicos na América, na África e na Eurooa.
Entre os 50 títulos da Coleção – o dobro de 2024.-, estão o mexicano José Juan Tablada (1871/1945), a boliviana Hilda Mindy (1912/1980), o cubano Jos Kozer (n. 1940), o espanhol Antonio Machado (1875/1939), as angolanas Amélia Dalomba e Tchiangui Cruz, as brasileiras Gabriela Gonçalves, Brenda Marques Pena, Virna Teixeira, Myrian Naves e Bilah Bernardes e a lusomoçambicana Ana Mafalda Leite.
Também fazem parte da CIR 25 os brasileiros João Diniz, Joaquim Celso Freire, Ronald Polito , Cláudio Daniel, Fernando Salomon Bezerra, João Joao Evangelista Rodrigues e Carlos Antônio Leite Brandão, além dos também angolanos Zetho Gonçalves , João Fernando André e João Maimona. A CIR 25 apresentará ainda uma significativa mostra da literatura indígena em volumes coletivos produzidos por indígenas do povo Huni Kui do Acre.
A lista final de autoras e autores da Coleção Infame Ruído será anunciada oficialmente no dia 25 de julho de 2025.
Infame Ruído tem como propósito prioritário contribuir para a formação de leitores em territórios com menores taxas de IDH no sertão mineiro e regiões congêneres em países larino-americanos, africanos e asiáticos.
25% da produção impressa são doados a escolas públicas. No ano passado, 25 escolas foram contempladas; neste ano, a meta é chegar a 50 escolas dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
A Coleção é uma produção colaborativa dirigida por Anelito De Oliveira . Os livros dão editados e distribuídos pela Inmensa Editorial no Brasil. A gestão do projeto é de responsabilidade do Instituto Daghobé.
Inscrições
Vasto leque de possibilidades de participação se coloca à disposição das interessadas e interessados, como apresentar ou acompanhar atividades científicas e artísticas, ministrar minicursos e oficinas, realizar exposição de artes visuais, lançar livros ou ofertar serviços diversos.
Terceira Feira 2025 ofertará uma grande Conferência, dez Colóquios, ambientes de compartilhamento de saberes, e um painel analítico, que fazem parte da programação oficial, além de um número variável de minicursos, oficinas, shows musicais, performances, espetáculos teatrais e exposições de artes visuais.
A inscrição é obrigatória e deverá ser feita exclusivamente através do site www.daghobe.com.br para participação nas atividades do evento, exceto quando se trata de Conferencista convidado, de Coordenador de Colóquio ou mesmo de Autoridades, Personalidades, Escritores ou Artistas convidados a integrar a programação oficial.
No ato de inscrição, a interessada ou interessado deve preencher Formulário de acordo com o seu interesse. Ao todo, são 17 formulários, aos quais se terá acesso no momento de efetivação da inscrição. Taxa simbólica de inscrição é cobrada para participação em colóquios, minicursos e oficinas, bem como para oferta de serviços e venda de livros durante o evento.
Mais informações: institutodaghobe@gmail.com
38 9 98003572
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